quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

ENTREVISTA RODRIGO RIJO


Projecto BB: Em primeiro lugar, o que achas do nosso projecto?

RJ: Acho que é uma boa iniciativa, acho que vocês devem continuar com isso e não desistir do projecto... Se acreditarem podem chegar muito longe.

Projecto BB: Então, neste campeonato ficaste pela ronda 2... em que lugar ficaste no ranking?

RJ: Antes desta etapa eu estava em 13º portanto fiquei no top 20 o que foi bastante positivo uma vez que foi a primeira vez que corri o circuito nacional open.

Projecto BB: Quais os objectivos que impunhas para esta etapa?

RJ: O meu grande objectivo era terminar o circuito no top 16. Para esta etapa não tinha nenhuma fase à qual impusesse mesmo chegar, queria apenas pensar heat a heat...

Projecto BB: Quais foram os principais apoios para que pudesses ter realizado esta viagem, não só para participar no campeonato mas também para surfar ondas novas?

RJ: Foi a direcção regional da juventude, a H Sports e a USBA.

Projecto BB: Já tinhas visitado o continente muitas vez com o objectivo de vires surfar ondas novas?

RJ: Não. A primeira vez foi em Outubro para a segunda etapa do nacional open em Sagres.

Projecto BB: Depois de 2 visitas ao continente e muita variadade de ondas surfadas quais achas que são as principais diferenças entre as ondas nos Açores e aqui no continente?

RJ: Aqui no continente têm muita variedade de ondas. Cá as ondas são, sem dúvida melhores que nos Açores. Não temos muitas praias em que entrem todos os tipos de swell nem temos muitas lajes tipo Pedra Branca e Reef.

Projecto BB: Quais são as dificuldades que um bodyboarder de S. Miguel sente? O que achas que falta para que sejam feitos mais campeonatos e para que haja apoios para que o pessoal de lá venha mais vezes ao continente?

RJ: Eu acho que as marcas deviam investir muito mais nos atletas. De há alguns anos para cá têm aberto cada vez mais surfshops e tudo está encaminhado para que o bodyboard açoreano se desenvolva cada vez mais.

Projecto BB: E a tua família? Que tipo de apoio te dão e o que acham de seres bodyboarder?

RJ: Tenho um grande apoio da minha família especialmente da minha mãe. Toda a gente sabe que ser um bodyboader profissional não é impossível mas também não é muito fácil sê-lo em Portugal, ainda para mais nos Açores.

Projecto BB: Mas é esse o teu objectivo?

RJ: Sim, queria mesmo muito ser um bodyboarder profissional mas tenho consciência que não é muito fácil. Pretendo também prosseguir os estudos, vir para uma universidade em Portugal Continental e isso daria-me muito mais possibilidades de surfar ondas melhores e mais variadas o que iria ser muito bom para o meu surf.

Projecto BB: A tua família acredita que possas vir a ser, um dia, bodyboarder profissional?

RJ: Eles querem apenas que eu não fique apenas focado no bodyboard pois preocupam-se muito com os estudos, querem que eu seja alguém na vida. Fora isso apoiam-me ao máximo tanto no bodyboard como nos estudos.

Projecto BB: Para terminar faz uma pequena avaliação da tua vinda ao continente e da participação no campeonato...

RJ: O campeonato não correu muito bem mas a experiência foi muito positiva . Tive oportunidade de antecipar a viagem porque iam dar umas ondas boas na Ericeira e tive também oportunidade de surfar outros spots com boas condições. Foi uma experiência mesmo muito positiva, só é pena a água ser muito fria (risos)...

 Rodrigo Rijo num dos primeiros tubos realizados em solo continental
Backflip tecnicamente perfeito

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